Pode ser terrificante, é costume indicar a morte por meio de eufemismo: “fim”, “passagem”, “encontro”, “destruição”... As palavras não conseguem expressar o que é imaginado. A confrontação regular com processo de morrer, com morte e com o luto, realidade constante na vida dos profissionais de saúde, que nem sempre estão preparados para lidar com esse fenômeno. Essa dificuldade os leva a pensar na sua fragilidade e na sua própria finitude. Estudos e publicações a respeito da morte têm demonstrado que o ser humano não dispensa a ajuda de outrem em momento tão crucial. (FRANÇA, BOTOMÉ, 2002)
Os Enfermeiros, em seu campo de atuação, ganharam muito espaço. Tem-se o profissional em diversos segmentos da área de saúde, os quais são habilitados para cuidar da saúde humana. Segundo a organização mundial de saúde, saúde é o bem estar, físico, psíquico e social. E neste contexto a Enfermagem está inserida para cuidar da comunidade e individuo.
Quando se executa a cadeira de graduação, tem-se desenvolvidas as habilidades técnico-científico para lidar, reabilitar e cuidar das vidas. A figura da morte não é presente de modo seguro na graduação.
E esse trabalho tem por objetivo explanar através de um embasamento bibliográfico, os fenômenos emocionais que circundam, o Enfermeiro no seu campo de atuação, sobre a vivência desafiadora da morte e do morrer.
Durante a cadeira de psicologia do desenvolvimento, foi-se conduzido o pensar sobre o processo de morte e morrer, de maneira a qual o assunto envolveu-nos pela curiosidade de saber, na literatura, como o profissional Enfermeiro reage diante da morte.
Pois a morte, segundo BALLONE (2002), é definida como uma fase natural da vida humana, necessária e biológica.
Para que se tenha uma visão atual do trabalho da Enfermagem é discorrida nesse trabalho uma revisão histórica do processo da morte. Pois o avanço que tecnologia médica propôs, fez com que a maioria das mortes, ocorram no ambiente hospitalar. O que se chama de “morte invertida”, acarretando vários fatores para a atual sociedade. Esses avanços têm impregnado em seu conceito a manutenção da vida e a luta contra a morte.
Portanto a morte passa a ser algo desafiador para a medicina e assustador para a sociedade. Pois desafia os recursos altamente desenvolvidos, acarretando perda, dor psíquica, interrupção, chegada de algo desconhecido e tristeza.
Devido ao crescimento tecnológico, a morte e o morrer passam a ser medicalizados, assim ocultados, tornando-se institucionalizados e rotinizados.
Com essa transferência da morte para o ambiente hospitalar, a figura do enfermeiro é algo presente no momento do morrer. O paciente é hospitalizado em sua fase terminal e a vivencia das fases da morte podem ser observadas pelo enfermeiro.
Nesse momento, o paciente é estimulado a profundas reflexões sobre a própria vida; se lhe foi satisfatória sua trajetória de vida, se houve algum desenvolvimento emocional, se pode criar vínculos afetivos fortes e permanentes, se ele pode auxiliar a outros seres humanos.
Nesse trabalho é avaliado como o Enfermeiro reage diante desse processo da morte, o que esclarece porque é um desafio cuidar diante da morte e do morrer.
Pois vários sentimentos circundam o morrer, como o medo, culpa, raiva, ciúme e amor (KÜBLER-ROSS, 2003), portanto analisa-se como o profissional encara essas reflexões que é desintencionalmente levado pelo paciente a fazer.
Kübler-Ross, uma das pioneiras em estudos da morte, relata que o paciente em uma morte agônica passa por cinco fases, como: negação e isolamento, raiva, negociação ou barganha, depressão e aceitação. A cada fase vivida pelo paciente terminal, a figura do enfermeiro é muito presente. http://nandabhte.blogspot.com/